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Jornada de trabalho
Jornada excessiva pode matar o trabalhador e os empregos
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Empresa quer exigir mais sem aumentar quadro de pessoal.

A Vale está se movimentando em todos os Estados e em nossa base com propostas de alteração de jornada de trabalho, tentando impor turnos desumanos, que agridem a segurança e saúde do trabalhador e impede que tenha um descanso mínimo após atividades exaustivas e perigosas.

A empresa faz campanha direta junto aos trabalhadores pelas mudanças, com argumento de que o trabalhador teria longo período de descanso em jornadas de dois dias diretos de 12 horas e dois dias diretos de descanso, mas não fala que o longo tempo de uma jornada de 12 horas, principalmente numa atividade como a mineração é um crime, já condenado inclusive pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Pior do que tudo isto, entendemos que a Vale faz um trabalho de pressão ilegal contra a organização sindical. A empresa abriu inscrições de trabalhadores para fazerem um experimento de 90 dias de turno de dois dias seguidos de 12 horas. Cerca de 100 trabalhadores fizeram inscrição e a empresa escalou 60 trabalhadores voluntários para participarem do experimento. Numa reunião em Carajás, os trabalhadores aprovaram o experimento e muitos trabalhadores alegaram que a empresa deveria fazer até quatro dias diretos de 12 horas intercalados por quatro dias de descanso. Chegou inclusive a abrir espaço para os trabalhadores participarem da organização de horário de jantar, almoço e lanche.


JORNADA MONSTRUOSA


O METABASE CARAJÁS é radicalmente contra este revezamento em jornada excessiva e faz parte da história do Sindicato a luta pela jornada de 6 horas, para impedir o cansaço dos trabalhadores em uma atividade especial, perigosa e com sérios danos à saúde. O Sindicato sempre impediu estas jornadas excessivas na atividade extrativa, que deixa os trabalhadores estressados, sem oportunidade de uma convivência social. O cansaço em 12 horas de trabalho sujeita os trabalhadores a acidentes no trabalho, além de impedir que a empresa seja obrigada a contratar mais mão-de-obra, exigindo excesso de produção de uns poucos para explodir sua margem de lucro.


Alertamos toda a categoria para não ir na conversa dos patrões e repudiarmos esta jornada desumana. O resultado será trabalhadores doentes ou mortos no trabalho e a Vale sempre tendo uma reserva de mão de obra do lado de fora, esperando oportunidade para trabalhador no mesmo modelo de escravidão.

Queremos afirmar aos trabalhadores que a jornada de trabalho é prevista no Acordo Coletivo Específico, que tem validade até abril do próximo ano, e nada pode ser alterado sem uma decisão da categoria em assembleia geral e após a discussão com o Sindicato.

          

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