O METABASE CARAJÁS fará no início de setembro a Assembleia Geral, quando os trabalhadores decidirão a “Pauta de Reivindicações” para discussão do Acordo Coletivo 2016.
A negociação com abrangência nacional envolverá todos os sindicatos de trabalhadores na Vale em todo o País acontecerá no mês de outubro, para a data-base de 1º de novembro.
UNIDADE E MOBILIZAÇÃO
O País trabalha pela recuperação econômica na atividade das empresas e queda no número extraordinário de mais de 11 milhões de desempregados, segundo dados do IBGE.
A Vale continua com a mesma estratégia de apontar fatores que impactam seus resultados financeiros. Os trabalhadores são metralhados pela empresa com apresentações sobre os resultados do 1º e 2º semestres. Os patrões querem passar imagem de dificuldades da empresa.
Na apresentação falam em “resultado negativo” de US$ 577 milhões no 1º trimestre (destacado em vermelho) contra um “resultado positivo” de US$ 2,049 bilhões no 2º trimestre. Isto significa que o resultado do segundo trimestre é mais de cinco vezes melhor do que o do primeiro.
A Vale procura confundir os trabalhadores na divulgação dos seus resultados. Em matéria do jornal “Valor” falava em lucro de R$ 6,3 bilhões no 1º trimestre, mas na apresentação para os trabalhadores demonstrou “resultado negativo de US$ 577 milhões, depois de R$ 9.538 bilhões negativos de 2015.
Isto já é um ensaio de choradeira para enfrentar nossa campanha salarial. Vem com a velha tática. Quando não acusa dificuldade pelo preço do minério em queda, justifica com a desvalorização do dólar. Na apresentação dos resultados aos trabalhadores a empresa alerta sobre os fatores que influenciam:
1) preço dos produtos da Vale;
2) número de empregados;
3) Cotação do dólar;
4) volume de venda;
5) custo de produção;
6) aumentos salariais.
E o que temos a dizer sobre isto?
O preço do minério melhorou; o número de empregados foi detonado com demissões em massa em 2015; o dólar esteve sempre em alta (só agora o Real recupera valor); o custo de produção despencou com cortes que até dificultam as condições de trabalho, apesar dos constantes recordes; os aumentos salariais foram de ZERO%, como também foi de ZERO a PLR. Onde a empresa encontra as dificuldades para conversar com os trabalhadores depois de sacrifício?
Nossas famílias não suportam mais arrocho e devemos nos mobilizar intensamente para recuperar o valor real dos salários. É com esta disposição que iniciaremos nossa campanha salarial e devemos contar com o espírito de luta de todos os companheiros para preservamos nossos direitos e melhorar nossas condições de trabalho. Não podemos tolerar discurso dos patrões de sacrifício para “manter emprego”. Tivemos uma política de arrocho, mas sem parar as demissões em massa, e os que ficaram empregados sofrem pesadamente com perda de valor dos salários.