Vale decidiu se escorar numa tendência golpista no País de ameaçar os trabalhadores em instrumentos autoritários que vão surgindo no Supremo Tribunal Federal, que parece estreitamente a serviço do governo garupeiro que assumiu o País.
Na apresentação de sua contraproposta, a Vale frisou duas condições que não concordamos. A primeira de que o que vier a ser acordado será aplicado a partir do mês em que o acordo for assinado e não retroativo à data-base. Não concordamos também com a pressão psicológica que faz “lembrando” que “os benefícios do acordo atual foram prorrogados até o dia 30 de novembro”.
Definitivamente, não devemos ter pressa para aprovar um acordo que seja ruim, principalmente se a empresa, que se diz democrática e aberta ao diálogo, mantiver abertas as portas do entendimento.
Não podemos tolerar que a empresa venha com esta pressão sobre a categoria, com seus supervisores e gerentes fazendo pesquisa junto aos trabalhadores, coletando opiniões até para rebaixar a proposta da categoria, abrindo mão de um reajuste nos salários justo, que repare as perdas inflacionárias e indicando valores de fome para o Cartão alimentação.
Não vamos tolerar também uma postura de se amparar nas lambanças que são feitas pelo Supremo Tribunal Federal para aniquilar direitos dos trabalhadores e jogar na lata de lixo todas as conquistas dos acordos coletivos anteriores.
Esta é a hora de mostrarmos nossa responsabilidade com nossas famílias e darmos um basta nesta exploração e tentativa de nos escravizar, cortando condições de trabalho, tirando o alimento de nossas mesas, querendo acabar com direitos sociais para afastados depois que adoeceram e morrem a mingua por causa das condições insalubres e penosas nos salários.
Esta é a nossa hora de reagir, de mostrar aos patrões a força da nossa mobilização e da nossa luta.