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Carajás faz a Vale "Bombar"
Mais um recorde de produção e lucratividade bilionária impulsionam a Vale
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Mais um recorde de produção! Isto pra nós trabalhadores não é mais novidade, mas a Vale está comemorando mais um recorde histórico de produção, que foi alavancada principalmente pelo desempenho no sistema norte (Carajás, Serra Leste e S11D). A Vale bateu recorde de produção de minério de ferro no 2º trimestre deste ano: 91,849 milhões de toneladas, representando uma alta de 5,8% comparado ao mesmo período de 2016. O Sistema Norte produção 41,5 milhões de toneladas de minério de ferro no segundo trimestre acumulando cerca mais de 77 milhões no semestre.

Os números da Vale são extraordinários, tanto na produção, quanto na redução de custos e geração de caixa, sendo beneficiada ainda pela valorização dos preços do minério de ferro, com média de mais de US$ 70 no ano.

O segundo trimestre de 2017 foi muito forte em produção para a Vale. Tivemos recordes e o melhor segundo trimestre de minério de ferro da nossa história”. O comentário é do diretor financeiro da Vale, Luciano Siani Pires, ao comentar os resultados do segundo trimestre de 2017 da empresa.

Os trabalhadores, no entanto, precisam de muito cuidado ao analisar as informações que a Vale produz para os seus vários alvos, desde o mercado até o que o que os patrões gostam de chamar de “colaboradores”. Os números costumam ser muito bons para os acionistas e o mercado e péssimos para os trabalhadores.

LUCRO EXPLODE

Vamos a eles. A Vale bateu recorde de produção de minério de ferro no 2º trimestre deste ano: 91,849 milhões de toneladas, representando uma alta de 5,8% comparado ao mesmo período de 2016.

O lucro líquido da Vale, no entanto, foi de R$ 60 milhões, uma queda de 98,3% comparados ao segundo trimestre do ano passado. O lucro bruto, sem os impostos, depreciações e amortizações foi de R$ 8,834 bilhões, alta de 7,4% em relação ao 2º trimestre/2016, quando apurou-se R$ 8.228 bilhões.

Outro número importante, a Vale teve uma espetacular geração de caixa de US$ 2.151 bilhões de caixa entre abril e junho deste ano. Com isto a empresa pagou US$ 1,5 bilhão de dividendos a acionistas e reduziu sua dívida em mais de US$ 650 milhões, caindo de US$ 22,777 bilhões no primeiro trimestre de 2017 para US$ 22, 122 bilhões. No segundo trimestre de 2016 esta dívida era de US$ 27,508 bilhões.

Os gestores da empresa sempre apontam as dificuldades para os trabalhadores, mesmo com números generosos enfiados nos cofres dos acionistas e credores. Os constantes recordes de produção e de lucratividade são de deixar qualquer um com carrapato atrás da orelha quando se fala nos valores astronômicos da dívida, parecendo o esforço insuficiente de qualquer mortal que tenta pagar com salários uma dívida monstruosa contraída com agiotas.

Com resultados estratosféricos que registram constantes recordes de produção e de lucratividade, só pode ser considerado “indecente” qualquer argumento da Vale de que não poderia atender os trabalhadores através de melhores condições de trabalho, sobretudo de salários e pagamento de PLR, que sofreram arrocho pesado nos últimos anos.

Caminharemos em breve para uma nova negociação de Acordo Coletivo de Trabalho que será um termômetro de como será a Vale dos próximos anos, requerendo dos trabalhadores o aprofundamento da organização e unidade para defender os direitos conquistados pela categoria e garantia as condições de uma empregabilidade decente.

          

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