Os sindicatos vêm sofrendo um pesado golpe do governo, amparado pelos interesses dos patrões, representados por decisões no Congresso Nacional e pelos capas pretas instalados na Justiça. A intenção é desmanchar os instrumentos de organização dos trabalhadores, para facilitar a vida dos patrões.

Vai caminhando no País, no entanto, decisões judiciais de beneficiar apenas os trabalhadores sindicalizados com os direitos conquistados em acordos coletivos, pois os não sindicalizados não podem usufruir dos benefícios de quem sustenta os sindicatos e que bancam a estrutura sindical para representá-los. A situação fica ainda mais crônica na defesa jurídica de direitos, em que os sindicatos passam a acionar a Justiça apenas para os sindicalizados. Quem não tem um jurídico de sindicato à disposição para garantir seus direitos, fica mercê de buscar advogados particulares para entrar com as ações judiciais Caso percam alguma ação, este trabalhador não sindicalizado pode ser duramente penalizado a pagar todas as custas do processo derrotado na Justiça, inclusive os honorários de advogados a serviço dos patrões.

Esta situação prejudicial está encravada na "reforma trabalhista", que acabou com a justiça gratuita e joga o ônus de derrotas judiciais nas costas dos trabalhadores.

Esta é a nova realidade dos trabalhadores brasileiros. Precisam investir com consciências nos sindicatos, para garantir as lutas coletivas pelos direitos e para manter a estrutura de defesa dos mesmos diante da Justiça.