Queremos discutir acordo apenas após o ano novo, mas já rejeitamos as ideias da Vale que consideramos nocivas

Nova reunião foi agendada na próxima quinta-feira, dia 3, pela Vale para dar continuidade às discussões sobre o modelo de PLR para ser aplicado ao exercício de 2021, a ser paga em 2022.

Na primeira reunião fomos surpreendidos com “ideias” postas pela empresa que nos causaram mal estar, pois as entendemos como prejudiciais ao direito dos trabalhadores. Deixamos claro que não concordamos com qualquer mudança no gatilho, como prega a empresa, que entende ser ele muito flexível e que deve ser mais duro. Não queremos ressuscitar um modelo que resultou em uma PR ZERO, em 2015, antes de termos transformado o modelo em PLR.

A empresa teve também a infeliz ideia de pregar uma distribuição da PLR tendo como variante o tamanho de jornadas de trabalho, como se quem trabalha 6 horas estaria menos empenhado nos resultados do que os companheiros de jornadas mais longas. Esta é uma ideia distorcida, que penaliza duplamente quem trabalha em jornadas menores por causa dos impactos na saúde de cada trabalhador.

Não podemos admitir empresa com lucro líquido R$ 27,1 bilhões, apenas nos nove primeiros meses deste ano, querer ampliar este resultado arro-chando o valor da PLR como política de corte de custos.

O METABASE CARAJÁS irá participar da reunião nesta semana, mas não vamos aceitar pressão da empresa para fechar acordo neste ano, em plena evolução da pandemia e logo após um grande stress e mobilização para fecharmos o Acordo Coletivo de Trabalho.

Defenderemos a continuidade desta discussão apenas no próximo ano, permitindo que os trabalhadores discutam o tema da PLR com profundidade e que não permitamos qualquer mudança de modelo que prejudique o valor a ser recebido com o nosso empenho pelos resultados e lucros da empresa.