Os trabalhadores do turno, no Salobo, não aguentam mais o descaso com que a Vale tem tratado um problema crônico, que se arrasta há muito tempo. O presidente do METABASE CARAJÁS, Raimundo Nonato “Macarrão”, participou de reunião virtual com diretores que representam a categoria no Salobo e considera a atitude da empresa como “uma omissão não tomar nenhuma medida para resolver este problema, já que vem sendo reclamado há muito tempo. O transporte dos trabalhadores é uma vergonha e os prejudica severamente.”
Na reunião com a direção do Sindicato nesta semana, os problemas relatados mostram o absurdo da falta de medidas para solucionar um serviço que pode trazer consequências graves.
Para ir ao trabalho todos precisam sair de casa às 3 horas da madrugada e chegam ao local de trabalho de 30 a 45 minutos adiantado, sacrificando um maior tempo com a família.
Na saída a situação é um verdadeiro tormento. Quando chegam no terminal os ônibus estão lotados e são obrigados a esperar cerca de 30 minutos descer o último ônibus. Além de serem obrigados à espera, no local não tem banheiro e nem água potável. Quando finalmente saem no ônibus, pegam filas de caminhões carregados, sendo transportados até o Peba a uma velocidade de 20 km/h.
Trabalhadores reclamam também da condição dos ônibus, sobretudo quando cai chuva forte.
Conhecidos os graves riscos da estrada até o Salobo, a longa distância e o tempo penoso dentro destes veículos, é inadmissível que os gestores da Vale não se sensibilizem e não tomem providência para termos uma prestação de serviço de qualidade e com segurança.
Quando a direção da Vale informa em seus relatórios cuidados com segurança, saúde, higiene, deveriam visitar estes locais, andarem nestes ônibus precários e verem se sentem seguros para afirmar que a empresa zela pelos trabalhadores.
É um absurdo e cobramos medidas imediatas da Vale, evitando que façamos reclamações foram do âmbito da empresa, por estar sempre adiando a solução deste problema penoso.