Nas negociações desta terça, 18, o Plano de Saúde dominou as discussões e o Sindicato cobrou melhorias

A direção do METABASE CARAJÁS voltou a se reunir com a comissão de negociações da Vale, na manhã de hoje, 18 de outubro, em continuidade ao processo de negociações do Acordo Coletivo de Trabalho 2022.

Não houve, por parte da empresa, apresentação de qualquer proposta ou resposta à “Pauta de Reivindicações” da categoria. A empresa se limitou em informar que dividiu esta pauta em grupos de reivindicações afins e afirmou que a grande parte delas passa a constar do Acordo Coletivo de Trabalho.

PREOCUPAÇÃO COM A SAÚDE

O Sindicato rebateu a afirmação da empresa. O presidente do Sindicato, Raimundo Nonato “Macarrão” afirmou que a empresa vem descumprindo direitos estabelecidos, citando como exemplo o péssimo atendimento do plano de saúde, apontando o descredenciamento de clínicas e hospitais como sério problema para os trabalhadores. O presidente do Sindicato denunciou que trabalhadores estão pagando procedimentos necessários e urgentes do próprio bolso, relatando que clínicas especializadas se negam ao atendimento e afirmam que o plano não cobre este ou aquele procedimento médico. Diretor do Sindicato presente à reunião afirmou situação trágica de sua própria esposa, que está tendo severa dificuldade para atendimento para doença grave. Companheiros de diretoria chegaram a fazer um movimento na própria reunião para que todos fizessem doações para o atendimento caro e que estava tendo dificuldade junto ao plano de saúde.

Causou mal estar as constantes lembranças dos representantes da Vale de que outras empresas cobram mensalidade fixa e valores reajustáveis de coparticipação, como se indicasse a necessidade de rever o modelo do plano e saúde. Diretor do Sindicato afirmou com todas as letras: “O plano de saúde é bom no papel, mas não está nos atendendo, com muitas falhas que não são consertadas”!

Macarrão afirmou que a Vale pune clínicas com o descredenciamento, penalizando o atendimento e a qualidade do plano de saúde para os trabalhadores e familiares. “A AMS está cheia de problemas em nossa região, pela falta de clínicas e hospitais credenciados, a fila do TFD continua crescendo e nada se faz para melhorar as condições de atendimento”, afirma Macarrão

O Plano de Saúde, citado como prêmio e garantia de manutenção pela categoria ter aprovado o acordo específico, precisa de melhorias urgentes. Macarrão citou vários procedimentos a que os trabalhadores não têm acesso, como, por exemplo, política de saúde para acompanhar filhos autistas, reivindicação antiga que a empresa não viabiliza.
Sobre as propostas econômicas, a empresa afirmou que deve apresentá-las nas próximas reuniões, já agendando nova negociação no próximo dia 25 de outubro.