Atendimento à saúde e transporte. Estes foram os principais temas que dominaram a reunião do “Fórum de Discussão Permanente” realizado entre o METABASE CARAJÁS e a Vale nesta sexta-feira, 27 de maio.

Os “Fóruns”, previstos nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho Específico 2023, permitem que problemas pontuais nos ambientes de trabalho e eventuais erros no cumprimento de direitos dos trabalhadores sejam tratados permanentemente, sem a necessidade de esperar negociações de acordos coletivos anualmente.

Nesta última reunião, os diretores do Sindicato repisaram problemas crônicos que continuam acontecendo no atendimento à saúde, com a falta de credenciamento de especialistas, e o verdadeiro sofrimento que é imposto aos trabalhadores na utilização dos transportes das áreas de trabalho até próximo às residências.

No atendimento à saúde, os trabalhadores aguardam com grande expectativa a instalação de unidade do Hospital Yutaka Takeda em Parauapebas, para evitar que, em emergências, os trabalhadores precisem subir a serra até o Núcleo Urbano para terem o atendimento. Além da falta de credenciamento de clínicas e médicos especializados, os trabalhadores e a população em geral sofre com o verdadeiro caos na rede hospitalar de Parauapebas, com superlotação, exigindo dormir em filas enormes para conseguir uma senha para atendimento, demora em entregas de exames e de remarcações de consultas. Faltam fisioterapeutas, dermatologistas, endocrinologistas, profissionais muito procurados, e de diversas especialidades médicas.

No transporte, os problemas são velhos conhecidos. Reclamações antigas de não circulação de ônibus no Amec Ville, veículos lotados e com rotas longas, que expõe o trabalhador a tempo excessivo antes de chegar em casa, muito trabalhadores que estudam atrasando para chegar aos cursos, graves problemas de baldeação, trabalhador sendo acordado dentro do veículo e obrigado a descer de um ônibus e esperar outro para continuar viagem. A Vale continua praticando um sistema imposto ao transporte que foi pensado para o período de pandemia e não voltou às condições normais passadas as exigências crônicas que a doença impôs.

Ficou acertado que haverá um “Fórum de Discussão Permanente” para que a direção do Sindicato exponha e trate de insatisfação de trabalhadores em áreas onde entendem ter sido mal avaliados para o recebimento de PLR, muitos se sentindo injustiçados e apresentando sugestões para avaliação.

Vários outros pontos foram tratados na reunião, sobretudo para medidas necessárias nos ambientes de trabalho, desde construções até problemas de higienização. Cada um destes problemas será oportunamente relatado, com a resposta da empresa para a solução adequada.