Depois de 12 horas de trabalho, mortos de cansaço e doidos para chegarem em casa, os trabalhadores da Vale no Salobo estão sendo torturados pelo caos no transporte.

Lotados, todas as cadeiras ocupadas, os ônibus estão sendo retidos, parados por longo tempo e ninguém consegue explicar de quem é a ordem para este abuso que diminui severamente o nosso tempo de descanso.

Estão dizendo que é para sincronizar a saída de todos os ônibus juntos, pouco se importando com o direito de descansar de trabalhadores depois de uma jornada penosa de 12 horas nas minas. Um absurdo!

Não podemos aceitar que a Vale credencie prestadores de serviço de transporte que, agindo pelo seu interesse, prejudiquem os trabalhadores, impedindo quem estuda de chegar a tempo nas escolas e, quem segue direto para casa, de usufruir do convívio familiar.

O presidente do Sindicato, Raimundo Nonato Macarrão, lembra que «o transporte no Salobo sempre foi um problema, justamente sobre quem mais sofre com a distância» e exige «medidas urgentes da empresa para reparar esta situação, para que não sejamos obrigados a uma paralisação de revolta contra esta calamidade». Macarrão diz que não quer saber quem dá a ordem de segurar os ônibus, «que a responsabilidade só pode ser atribuida à Vale, que contrata os serviços».

O Sindicato está oficiando à empresa a necessidade urgente da reparação para que não sejamos obrigados tomar medidas que ultrapassem o caminho do diálogo.