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Negociações
VALE Jà FAZ PRESSÃO COM CORTES DE CUSTOS RESISTIREMOS A PREJUÃZO EM DIREITOS
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Na manhã de hoje, toda a direção do METABASE CARAJÁS iniciou as negociações com o Vale para o Acordo Coletivo de Trabalho 2023/2024.

Como é de costume, a Vale inicia as negociações fazendo pressão sobre a categoria, colocando dificuldades na mesa em pontos vitais como plano de saúde, PLR, aumento de salários e mudança que entende necessária na forma de pagamento do adicional de insalubridade, deixando clara sua intenção de cortes de custos sobre cláusulas econômicas de nosso acordo coletivo, que poderiam impactar a qualidade do sustento familiar.

No primeiro ponto de discussão, a Vale relatou o aumento dos custos do programa de saúde, com preços elevados para o atendimento dos trabalhadores. Alegou que esses custos representam uma grande parte dos recursos disponíveis para o acordo coletivo. Desfiou choradeira alegando alto custo hospitalar e nas clínicas, brandindo informações de que a inflação na saúde é muito maior que as variações como INPC. Repudiamos o argumento, lembrando que o atendimento dos trabalhadores e familiares vem sendo precarizado constantemente com os descredenciamentos de prestadores de serviços de saúde especializados, represando tratamentos até mesmo de caráter de urgência. Esta vem sendo uma grande luta do Sindicato, para melhorar a qualidade do atendimento à saúde, como aconteceu em nosso último acordo, quando a empresa prometeu viabilizar um posto do Hospital Yutaka Takeda em Parauapebas. Questão de custo deve ser administrado pela AMS e não ser arrancado dos trabalhadores, piorando ainda mais a assistência à saúde.

A Vale volta também a falar em mudar o modelo de PLR, de mexer no “fator Vale” (de 1.333), que segundo a empresa vem permitindo pagamento do direito mesmo diante de queda nos resultados financeiros. Como sempre afirmamos, não toleramos qualquer mexida que prejudique nosso direito e lembramos que o valor de PLR, ao lado do plano de saúde, é um dos grandes motivos de permanência para nos mantermos empregados na Vale. Adiantaram na reunião que neste acordo querem negociar a PLR da Vale Minério de Ferro e que deverá acontecer de forma separada a negociação da PLR da Vale Metais Básicos.

O cálculo do “adicional de insalubridade” também está ameaçado. A empresa alega que errou quando permitiu que seu valor deixasse de ser calculado sobre o salário mínimo, passando a incidir sobre o piso salarial. Não podemos permitir este retrocesso, que penalizaria os trabalhadores que adoecem em atividades insalubres, cujo adicional é pensado para compensar este prejuízo e comprar remédios ao ficarem incapacitado ao trabalho.

Um outro ponto também não faz sentido. Nos informaram que o custo de pessoal está subindo e deram a entender que o reajuste salarial vai ser “pequeno”, sem dizer o que é ser pequeno.

O presidente do METABASE CARAJÁS, Raimundo Nonato “Macarrão”, manifestou sua “preocupação com os pontos desfiados pela Vale com fortes ameaças, que não iremos aceitar e que mobilizaremos toda a categoria para enfrentarmos, garantindo todos os nossos direitos”. Macarrão considerou as insinuações de cortes pela Vale como uma covardia, lembrando o grande empenho dos trabalhadores para manter o nível operacional da empresa, mesmo em um período sofrido como passamos na pandemia de Covid-19, onde trabalhamos correram todos os riscos, apesar de reconhecermos também o esforço da empresa pela proteção e cuidados sanitários”.

Nova reunião já está agendada pela Vale para o próximo dia 10 de outubro, quando esperamos discutir todas as reivindicações do trabalhadores, preservados todos os direitos e recuperarmos os valores reais de todos os benefícios de cláusulas econômicas.

          

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