Mais uma empresa que abre falência traz sérios transtornos para os trabalhadores na mineração. A Buritirama, com atividade em Marabá, não estava fazendo os depósitos de Fundo de Garantia (FGTS), trabalhadores estão com salários atrasados há dois meses, não recebem cartão alimentação e têm suas famílias passando extrema dificuldade.

A empresa Geribá Investimentos e Laspro Consultores, que sucede a Buritirama também se recusa em fazer acertos de trabalhadores demitidos e tem afirmado que não arcará com a dívida e grande passivo trabalhista herdado.

O METABASE CARAJÁS contratou escritório de advocacia especializado que acionará as empresas em ação coletiva, buscando garantir na Justiça as indenizações e pagamentos de todos os atrasados.

Segundo informações veiculadas na imprensa, a Buritirama, fundada em 1982, explorando manganês em Marabá, enfrenta uma serie de cobranças judiciais desde 2021, com dívida estimada em R$ 1,4 bilhão. A falência da Buritirama foi decretada pela Justiça, em São Paulo, sede da empresa, a pedido da C.Steinweg Handelsveen, que cobra uma dívida de R$ 27 milhões.

O Sindicato, através do corpo de advogados do escritório contratado já prepara a ação coletiva em defesa dos direitos de todos os trabalhadores na empresa e informaremos passo a passo o desenrolar deste processo.

Advogados da empresa chegaram a afirmar que “o Grupo Buritirama” é composto por empresas viáveis, tradicionais e de inquestionável relevância social, econômica e cultural para o Brasil”, mas o calote sobre os trabalhadores mostra exatamente o contrário e buscaremos em todas as instâncias judiciais a indenização aos companheiros dos valores salariais devidos, direitos de estabelecidos em acordos coletivos e encargos sociais.

O presidente do Sindicato, Raimundo Nonato “Macarrão”, qualifica como “uma vergonha este crime que lesa trabalhadores e famílias que vivem na penúria”, afirmando que “não medirá esforços na defesa dos direitos dos trabalhadores”.