Trabalhadores em Onça Puma são colocados em férias coletivas e medida pode chegar ao Sossego

A grande preocupação dos trabalhadores e dos Sindicatos que se unificaram na luta contra a interdição das minas de Onça Puma e do Sossego começa a acontecer e trazer o pânico para centenas de trabalhadores.

Em comunicado lacônico da mineradora ao Sindicato STIEAPA, a empresa informou que estava colocando 108 trabalhadores em férias coletivas de 23 de maio a 21 de junho em razão da intedição dos trabalhos pedida judicialmente pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Pará (Semas). Quando esgotarem as férias coletivas de todos os trabalhadores, o mais previsível é a tragédia do desemprego em massa, atingindo alguns milhares de pessoas que dependem direta e indiretamente da atividade.

A mesma situação preocupa os trabalhadores na mina do Sossego. A Vale já realocou muitos em outras unidades, mas é ainda grande o contingente que continua sem atividade em razão da interdição provocada pelo governo Estadual e sem nenhum ação efetiva do Governo Federal para solucionar o imbróglio entre a Semas e a Vale, que discutem o cumprimento ou não sobre condicionantes para que os projetos minerais possam ser executados.

O presidente do METABASE CARAJÁS, Raimundo Nonato Macarrão, cobra “ação urgente de todas as autoridades municipais e dos governos do Estado e Federal, para que não seja aprofundado um caos social de uma região onde dependemos da atividade destas empresas, que geram empregos diretos e indiretos, de um comércio que vive em função da renda gerada por nós, de municípios que vão à bancarrota sem os recursos dos impostos gerados na atividade mineral”. Macarrão atribui a tragédia de interdições, que mais uma vez que se abatem sobre a principal fonte de renda e de empregos, como “uma falta de sensibilidade e de agilidade para resolver os problemas que travam a operação das empresas, não se admitindo que tenhamos por traz disto nenhuma intenção política”.