Pode chegar ao fim no próximo dia 20 de junho, a aflição e extrema preocupação dos trabalhadores e todos os familiares com a paralisação das atividades nas minas de Onça Puma, em Ourilândia, e do Sossego, em Canaã dos Carajás.
Neste dia temos a grande expectativa de ser homologado no Supremo Tribunal Federal (STF) um acordo de proposta que está sendo construída entre a Vale e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentação do Pará (Semas) para o retorno às atividades da mina de Onça Puma e, em consequência, também da mina de Sossego, ambas interditadas com o mesmo tipo de argumentação.
Os entendimentos entre as equipes técnicas da Vale e da Semas acontecem depois de longo período de grande temor dos trabalhadores, familiares, comércio e dos próprios municípios que têm na atividade mineral sua principal fonte de sustentabilidade econômica.
MOBILIZAÇÃO PELO TRABALHO
Durante todo este tempo, o METABASE CARAJÁS e STIEAPA (que representa os trabalhadores em Ourilândia) se mobilizaram unindo forças, buscando as autoridades municipais, recebendo apoio de sindicatos que representam categorias prestadoras de serviços na Vale, encaminhando ofício em que reivindicamos reunião com o governador do Pará, Helder Zahluth Barbalho, cobrando da própria empresa todos os esclarecimentos para a sociedade sobre os pontos eventualmente em desacordo com a Semas.
Os 108 trabalhadores em Onça Puma colocados de férias coletivas retornam um dia após a audiência no STF (em 20 de junho) e, no caso de acordo entre Vale e Semas homologado, voltam para a atividade na mina. Na mina do Sossego, 149 trabalhadores entram em férias coletivas neste dia 13 de junho e esperamos que neste intervalo tenham também a indicação para voltarem à atividade.
Como divulgamos em boletins anteriores, a Vale interrompeu a contratação de 130 trabalhadores em Ourilândia e 115 em Canaã dos Carajás. Com o esperado fim da interdição nas duas minas, contamos que a empresa retome suas iniciativas para aumentar a empregabilidade nos dois municípios, superando o caos da ameaça de demissões e revertendo a expectativa de sustentabilidade dos trabalhadores e de toda a região.
