O METABASE CARAJÁS recebeu neste 24 de setembro, em sua sede, a visita dos titulares de Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego (SRTE) do Pará, Paulo Gaya, do chefe dos fiscais, Jomar Lima, e a gerente de aprendizagem, Deise Macola, de Minas Gerais, Carlos Calazans, do Maranhão, Nivaldo Araújo, com o chefe dos fiscais, Paulo Lásaro e do Espírito Santo, Alcimar Candeias.

A visita ao Sindicato aconteceu dentro de um Fórum promovido pela Vale, para que os responsáveis pelas SRTEs regionais pudessem conhecer os ambientes com atividade de mineração e a forma como a empresa lida em suas relações de trabalho com os próprios trabalhadores e de empresas que prestam serviços terceirizados, além do entendimento com os sindicatos nas demandas e negociações coletivas.

Em nossa sede, o presidente do METABASE CARAJÁS, Raimundo Nonato “Macarrão” fez um histórico para a evolução das condições de trabalho e das conquistas decorrentes das lutas e mobilizações da categoria, que levaram aos acordos coletivos que estabeleceram os seus direitos econômicos e sociais.

Macarrão contou sua própria história de vida para ilustrar as grandes dificuldades enfrentadas por operários em uma atividade penosa como a mineração e agravada em nossa região pelo calor intenso e grandes riscos típicos da região, onde temos operação próximos a matas fechadas.

Apesar das grandes dificuldades, o presidente do Sindicato demonstrou uma atuação e mobilização sempre muito intensa dos trabalhadores quando temos ameaças sobre direitos da categoria. Lembrou as grandes ameaças superadas pela categoria após a reforma trabalhista e a indecente liberação do processo de terceirizações de atividades fins, facilitadas pelos poderes da República. Citou a resistência da categoria e ilustrou com a superação da perda das horas in itinere com a reforma trabalhista, quando substituímos este direito por outro, o “Prêmio Assiduidade” com 10% de aumento, importante para garantir a sustentabilidade das famílias dos trabalhadores.

O Sindicato entende a ação das Superintendências Regionais para cobrarem o “trabalho decente” e para coibir qualquer atividade “análoga à escravidão”. O presidente Macarrão lembrou que esta ação precisa ser intensificada, principalmente porque temos ciência, amplamente divulgadas na imprensa, de mineradoras clandestinas, que exploram o meio ambiente sem autorização da Semas e com uma exploração sem limites de trabalhadores com salários baixíssimos e nenhum benefício social, quase sempre burlando direitos estabelecidos em lei como FGTS, INSS e outros.

Macarrão cumprimentou a iniciativa das superintendências de conhecer de perto a realidade dos trabalhadores, com uma expectativa promissora de uma fiscalização que garanta realmente o trabalho decente.