A Vale anunciou que apresentará neste dia 30 de outubro sua proposta econômica para o Acordo Coletivo de Trabalho 2024. A informação aconteceu em reunião por videoconferência realizada com o METABASE CARAJÁS, na tarde desta segunda-feira, 28 de outubro.
Esta informação veio depois de uma forte reação do presidente do Sindicato, Raimundo Nonato “Macarrão” com uma indagação da empresa se queríamos reajuste nos salários ou no cartão alimentação. “A Vale não vem tratando com seriedade as negociações coletivas, sem discutir os pontos da Pauta de Reivindicações dos trabalhadores e querendo impor exclusivamente itens que a empresa julga importantes”, acusou o presidente do Sindicato. Macarrão afirmou que “vem se transformando numa prática inconveniente os balões de ensaio postados em grupo de redes sociais, como forma de pressão e praticamente pautando o que devemos discutir nas reuniões de negociações coletivas, impedindo um diálogo aberto e que permita avanço em pontos vitais que precisam de correção em cláusulas do acordo coletivo”.
A especulação da empresa se o Sindicato prefere reajuste nos salários ou no cartão alimentação é vergonhosa, porque parece não querer repor as perdas sofridas nos últimos 12 meses pela inflação. Não leva em consideração que o valor do cartão alimentação é justamente para compensar o que os salários baixos não conseguem comprar. “O cartão alimentação significa comida na mesa de muitas famílias, diante de salários baixos que não suportam nem os gastos básicos com aluguel e tarifas públicas, como energia elétrica”, lembra Macarrão.
Ainda na reunião, fomos surpreendidos com a indagação da empresa se queremos discutir o modelo de PLR junto com o acordo coletivo. Novamente Macarrão afirmou que é “o momento inoportuno, sendo mais importante agora discutir salários e os demais pontos do acordo coletivo, manifestando também seu receio da PLR se transformar em outra moeda de troca nas negociações.
Antes do final da reunião o presidente do Sindicato fez questão de reforçar que a categoria tem o ganho real como objetivo imediato para recuperar os salários, o cartão alimentação e os demais benefícios econômicos.