Os trabalhadores na Mina Carajás deram seu recado à Vale sobre a sua grande reprovação da proposta da empresa de reajuste “zero” nos salários e o acumulado de R$ 6 mil de abonos. A categoria manifestou todo a sua contrariedade por esta falta de sensibilidade e desvalorização praticada pela empresa, depois de ressaltar a cada balanço trimestral recordes na produção, para compensar a queda da tonelada do minério de ferro e manutenção da sua margem de lucros.
Desde a madrugada de segunda para terça-feira, o METABASE CARAJÁS mobilizou os trabalhadores, que desceram dos ônibus e fizeram mais um movimento histórico de unidade e consciência da luta pelos direitos.

O presidente do METABASE CARAJÁS, Raimundo Nonato Amorim (Macarrão), condenou a tentativa da empresa de jogar nas costas dos trabalhadores uma perda irreparável dos salários, que já foram comidos em 10,33% nos 12 últimos meses. “Temos um prejuízo que pode atingir até 25% dos salários, se considerarmos que ficaríamos mais um ano sem reajuste, levando as famílias a uma grave situação para se sustentarem”, afirma Macarrão.
Os trabalhadores se preocupam com a política de abonos, sobretudo porque parte do valor acumulado de R$ 6 mil ficará retido pela bocada do leão do Imposto de Renda.

Macarrão enviou ainda à direção da empresa um ofício em que cobra mais rapidez em marcar a próxima reunião de negociações, lembrando o avanço da inflação e inúmeros compromissos dos trabalhadores em final de ano e impostos programados para o início de 2016.

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