Empresa propõe aumentar sua contribuição à Valia sobre os menores salários
A empresa realizou uma reunião por videoconferência com o METABASE CARAJÁS e demais sindicatos na manhã desta quarta-feira, 23, e apresentou uma primeira contraproposta para acordo coletivo com apenas dois ítens.
A empresa garante a manutenção de todos os benefícios vigentes no atual acordo coletivo e propõe passar sua contribuição para a Valia de 1% para 2% para os trabalhadores participantes com salários até R$ 5.253,91.
Nesta reunião, a empresa apresentou uma proposta padrão para todas as bases. Apesar de termos “pautas de reivindicações” diferenciadas, seguramente os principais pontos de todas elas versam sobre reajuste dos salários, cartão alimentação e benefícios socioeconômicos, recompondo as perdas para a inflação em 12 meses e, principalmente, com o grande anseio dos trabalhadores pelo “GANHO REAL”.
Além de não termos ainda uma contraposição de percentual de reajuste nos itens econômicos e sem uma abordagem de cada uma das cláusulas da “Pauta de Reivindicações”, os dois pontos iniciais apresentados pela empresa merecem ser comentados.
A manutenção de todas as cláusulas que definem os benefícios vigentes é ponto pacífico, pois não podemos perder conquistas de longos anos de lutas nos acordos anteriores. Já o 1% para os 2% para a Valia, que a empresa prefere dizer que “DOBRA” sua contribuição, representará um impacto para a Vale apenas sobre os trabalhadores de baixos salários que aderirem à proposta. O participante da Fundação, que visa a aposentadoria complementar, define individualmente sua condição do percentual que pretende contribuir, mesmo que todos devam considerar que sobre o valor que cada trabalhador contribui, a empresa deposita o mesmo valor para a Valia.
A empresa informa que nas próximas reuniões discutiremos ajustes nas propostas, mas deixamos claro que precisamos muito mais que “ajustes”.
O presidente do MATABASE, Raimundo Nonato «Macarrão», afirma a “preocupação geral com os itens econômicos, mas temos várias questões da Pauta de Reivindicações” que precisam ser abordados e de respostas. Apenas para lembrar, os trabalhadores continuam em apuros para conseguir atendimento com rapidez e qualidade nos programas de saúde, sacrificando todos os seus dependentes. Temos outras questões, como exigir maior qualidade e melhor atendimento também nos restaurantes e no transporte, que são pontos de reclamações contantes dos trabalhadores.
Esperamos que na próxima reunião, já agendada para o próximo dia 28, tenhamos uma negociação aberta e transparente para abordar pontos críticos e tenhamos uma resposta positiva da empresa.