TRANSPORTE PELA VALE PÕE TRABALHADORES EM RISCO

bus-vale

“Água … água … O dia que alguém amanhecer boiando nesse rio… ando uma distância absurda, só para ônibus passar na frente da casa de supervisor … de técnico… isso é uma humilhação! Uma vergonha! Rota de 2014, nunca foi mudada!”

O desabafo de um trabalhador, debaixo de um guarda-chuva sob uma tempestade numa rua transformada em rio, retrata a situação desesperadora para chegar de madrugada até a parada de ônibus que o leva para o local de trabalho na Vale. É obrigado a longa caminhada até a parada de uma rota que denuncia não modificar há mais de 10 anos, para atender capricho de gestores.
Além de exigir que trabalhadores acordem muito mais cedo para chegar ao ponto e retornem mais tarde para casa, a grande maioria fica sujeita a assaltos, sendo que a Vale não demonstra a menor sensibilidade de corrigir este caos.

Os atrasos dos ônibus são constantes para os trabalhadores em Serra Leste (Curionópolis), muitos sem condições, quebrando no meio do caminho. A situação se agrava ainda mais nos momentos de Parada Geral da Usina (PGU) para manutenção preventiva e a logística para deslocamento dos trabalhadores em outras escalas vai “por água abaixo”.
É inadmissível que os trabalhadores continuem sendo tratados com descaso e que as rotas de transporte se transformem em grande sacrifício para trabalhadores em longas jornadas de trabalho e não consigam chegar em casa em tempo para descansarem.
O trabalhador chama a negligência de humilhação, mas cabe também denunciar a irresponsabilidade que precisa ser corrigida com urgência, discutindo a melhoria dos transportes e atualizando rotas para atender a todos em condições de segurança

Metabase Carajás

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